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Minas Gerais foi um dos estados em que as técnicas de tecelagem manual foram absorvidas especialmente devido à participação das mulheres, que tiveram papel fundamental na preservação das artes manuais e prendas domésticas.

 

Nasci e fui criada na fazenda onde desde menina tive a sorte de conviver com tear. Minha avó paterna (Mafalda Humbelina, hoje falecida) era uma grande tecelã.

 

Colhia o algodão, descaroçava, fiava e tingia. A lã de carneiro era levada para bica d’água, para ser lavada até ficar branquinha e colocada pra secar. Cardava, fiava, e tingia. O tingimento da lã era feito de maneira bem rudimentar, usava a quaresminha para dar coloração amarela. O preto conseguia-se através do marmelinho com sabugueiro. As outras cores usavam tintas em pó.

 

Eu sempre muito curiosa, desde menina, não dava tempo para ela. sempre querendo ajudar e com isso aprendendo. Muitas vezes ia ao campo com ela apanhar quaresminha. Depois ela colocava um tacho com água e a quaresminha no fogão a lenha para ferver. Assim que fervia, colocava as meadas de lã já fiadas para ganhar a coloração amarela. Depois de um tempo fervendo colocava-as para secar a sombra. O algodão fiado sem preparo para aguentar o atrito entre o liço e pente, tinha que ser engomado. Depois de urdido fazia uma trança com aqueles fios. Em seguida colocava água com umas colheres de polvilho em uma vasilha pra ferver até engrossar como uma cola rala para embeber a trança e em seguida colocava para secar. Depois da lã e o urdume secos, colocava no tear, a lã enchia as canelinhas e colocava nas laçadeiras. Assim começava a arte de tramar lindas colchas para os familiares as que sobravam eram vendidas. Com as roupas e os lençóis usados eram transformados em tiras para tecer as colchas. Hoje com o avanço tecnológico das indústrias têxteis não precisamos mais engomar o fio nem o seu tingimento. Chega até nós a lã ja industrializada e o fio de algodão já vem preparado para agüentar o atrito do processo de tecer. No lugar das tiras de roupas usadas substituímos por resíduos têxteis de malhas. As tiras de chenille e de algodão fazemos tapetes. O tear e a forma de tecer continua a mesma!

 

Por isso seremos transparentes com nossos clientes, parceiros, fornecedores e colaboradores, fornecendo-lhes todas as informações necessárias, de forma a fazer com que o relacionamento duradouro seja o bem maior a ser conquistado!

 

Cida Resende.

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